A história do Cristo Redentor
Situado no Morro do Corcovado na cidade do Rio de Janeiro, o famoso Cristo Redentor representa Jesus Cristo de braços abertos, com toda a sua história e significado, uma das mais marcantes foi dita pelo Papa João Paulo 2º, de acordo com suas palavras este é um “símbolo do amor, apelo à reconciliação e convite à fraternidade“.
Com a sua fama, sendo mundialmente reconhecido, o Cristo Redentor atrai diariamente cerca de 5 mil turistas. Esta gigante imagem representando Jesus Cristo se tornou um dos maiores cartões postais do Brasil e do Rio de Janeiro.
Sendo um símbolo do cristianismo no Brasil, em 2006 o Cristo Redentor se transformou em um santuário católico, no ano seguinte, em 2007, o monumento foi eleito uma das sete maravilhas do mundo moderno.
Quando pensamos no Cristo Redentor há muito para se falar, portanto, hoje preparamos um artigo dedicado especialmente a história do Cristo Redentor, vamos conhecer um pouco mais sobre como foi a sua criação, desenvolvimento e diversas curiosidades acerca desta gigante estátua da qual os brasileiros sentem tanto orgulho e amor.
A História do Cristo Redentor
Pode-se dizer que tudo começou em 1859 quando o padre Pierre-Marie Boss da Igreja do Colégio da Imaculada Conceição avistou da sua janela o monte Corcovado, a partir da sua admirável vista ele teve o pensamento de construir um monumento religioso no topo do morro.
Anos depois, ainda com este desejo em mente, o padre registrou em um de seus livros, intitulado de “Imitação de Cristo”, publicado em 1903, o seguinte trecho que descreve os seus pensamentos:
“O Corcovado!…
Lá se ergue o gigante de pedra, alcantilado, altaneiro e triste,
como interrogando o horizonte imenso – Quando virá?
Há tantos séculos espero! Sim, aqui está o Pedestal único no mundo.
Quando vem a estátua, como eu, colossal imagem de Quem me fez?”
Para Pierre-Marie Boss, o monte do Corcovado era um pedestal único no mundo que poderia receber esta homenagem a Cristo.
Porém, a sua ideia só começou a se tornar uma realidade em 1921 durante os preparativos para o centenário da Independência do Brasil, que seria celebrado no ano de 1922.
Com a execução do projeto sendo colocada em prática, foi cogitada a possibilidade de abrigar o monumento em três locais diferentes: no Morro do Corcovado, no Morro de Santo Antônio ou no Pão de Açúcar. Neste mesmo ano foi aberta uma disputa para eleger o melhor projeto, e dentre os apresentados, quem venceu esta disputa foi o arquiteto Heitor da Silva Costa.
Durante este período, o Círculo Católico do Rio de Janeiro elaborou uma proposta para arrecadar fundos para financiar a construção do monumento, o plano era receber doações apenas dos brasileiros.
Em 1923 a Arquidiocese do Rio de Janeiro divulgou a semana do Monumento, neste período eles conseguiram arrecadar mil contos de réis, logo após novas campanhas de arrecadação foram feitas, inclusive um abaixo-assinado contando com o apoio de 22 mil mulheres solicitando ao presidente da época, Epitácio Pessoa uma autorização para a construção do monumento.
No final, a construção custou 2.500 contos de réis, dinheiro doado por brasileiros de diferentes regiões do país. Se compararmos o investimento da época com a nossa atual moeda, pode-se dizer que a construção do Cristo Redentor custou o equivalente a R$9,5 milhões de reais.
Nomes importantes na construção do Cristo Redentor
Esta obra foi projetada e executada em conjunto, o primeiro nome a ser citado é o do arquiteto Heitor da Silva Costa, vencedor da campanha inicial. Para a criação do seu modelo, Heitor se inspirou em ilustrações do pintor ítalo-brasileiro Carlos Oswald e contou com o trabalho do escultor Maximilian Paul Landowski para esculpir a cabeça e as mãos do monumento.
Sendo as únicas partes do Cristo Redentor que não foram construídas em solo brasileiro, as mãos e a cabeça foram esculpidas em Paris por Paul Landowski que também contou com a ajuda do escultor romeno Gheorghe Leonida para trabalhar na cabeça da estátua.
Dois engenheiros também contribuíram significativamente para a construção do monumento, Albert Caquot e Heitor Levy. Albert era um engenheiro especialista em concreto armado, ele foi responsável por fazer os cálculos estruturais da escultura. Já Heitor Levy trabalhou como braço direito de Heitor da Silva Costa, ele recebeu o título de mestre de obras do Cristo Redentor por acompanhar todos os processos e conduzir as equipes até o local de trabalho.
E por falar nos responsáveis por tirar o projeto do papel, não podemos esquecer de citar o cardeal Sebastião Leme, este foi um dos membros da Igreja Católica mais interessado em conduzir o projeto. Ele foi o responsável por promover campanhas de arrecadação e buscar fundos para que o monumento fosse realmente erguido. Por conta do seu esforço em particular, até hoje a Arquidiocese do Rio de Janeiro é a detentora dos direitos patrimoniais do Cristo Redentor.
A construção e composição do Cristo Redentor
Os principais materiais utilizados na construção do Cristo Redentor foram o concreto armado e a pedra-sabão, este tipo de pedra foi escolhido devido a enorme quantidade existente no Brasil, além de ser naturalmente bela, a pedra-sabão apresenta grande resistência à erosão.
A sua estrutura é reforçada com placas de metal vindas da França e o cimento importado da Suécia.
O Cristo Redentor teve seu formato esculpido a partir de milhares de recortes triangulares da pedra-sabão, estes pequenos pedaços foram colados em um tecido e posteriormente aplicados na estátua, semelhante ao trabalho de um mosaico. Estes recortes da pedra feitos em formato triangular são chamados de tesselas, o objetivo deste tipo de montagem é proteger a estrutura de concreto armado.
O monumento foi construído pensando em cada detalhe, sua estrutura foi desenvolvida para suportar ventos de até 250 km/h. Além disso, pelo fato do Cristo Redentor estar localizado em um dos pontos mais altos do Rio de Janeiro e a cidade possuir um clima tropical, durante as tempestades a estátua pode receber muitas descargas elétricas. Nestas ocasiões as tesselas acabam sendo danificadas, fazendo com que restauradores alpinistas estejam constantemente reparando os estragos e observando os locais que precisam de novos ajustes.
Pensando em amenizar estes tipos de incidentes, foram instalados uma série de para-raios no Cristo Redentor, sendo possível observá-los na cabeça e braços.
A algum tempo o reitor do Santuário do Cristo Redentor, Omar Raposo garantiu que ainda há muito material armazenado para possíveis restaurações e renovações da estátua: “Temos um estoque dessa pedra-sabão, adquirida da mesma pedreira de Minas Gerais de onde saiu o material na construção original do monumento”.
O Cristo Redentor possui 28 metros de largura e 38 metros de altura. Dos seus 38 metros, 30 são equivalentes ao monumento e 8 são equivalentes ao seu pedestal. Cada braço corresponde a uma área de 88 metros quadrados enquanto os pés medem 1,35 metros. A estátua possui um peso total de aproximadamente 1145 toneladas, sendo 30 toneladas somente a cabeça.
Curiosidades sobre o Cristo Redentor
- A construção da estátua durou nove anos (1922 a 1931);
- Sua inauguração aconteceu em 12 de outubro de 1931, durante as festividades do dia de Nossa Senhora Aparecida, um evento que parou a cidade do Rio de Janeiro;
- No evento de inauguração da estátua o cardeal Dom Sebastião Leme a benzeu;
- Em 1975 o Cristo Redentor se encontrava mal conservado, uma reforma emergencial foi realizada contando com a colocação de novas iluminações, porém este excesso de luz causou um transtorno, vários insetos noturnos eram atraídos para o local e acabavam morrendo, fato que provocou um desequilíbrio na floresta da Tijuca e atrapalhava os turistas de frequentarem o local;
- Após se tornar alvo de críticas, o monumento e o seu excesso de iluminação passaram por uma nova reforma, esta foi realizada em comemoração do seu aniversário de 50 anos em 1981, evento que contou com a presença do Papa João Paulo 2º;
- Durante a visita do Papa ele disse a famosa frase: “Se Deus é brasileiro, o papa é carioca”;
- Em Portugal, na cidade de Almada, foi inaugurada no ano de 1959 uma imagem semelhante à do Cristo Redentor na foz do Rio Tejo;
- O Cristo Redentor foi esculpido em estilo Art Déco;
- Ele fica localizado a 709 metros acima do nível do mar;
- O Cristo Redentor é a segunda maior representação em escultura de Jesus Cristo do mundo, o primeiro lugar pertence a denominada Estátua de Cristo Rei localizada na Polônia;
- Sua altura é equivalente ao tamanho de um prédio de 13 andares;
- Apesar do escultor Paul Landowski Maximilien ter moldado a cabeça e as mãos da estátua ele nunca veio ao Brasil, portanto jamais visitou o Cristo Redentor;
- Pelo fato da cabeça e as mãos serem gigantes, elas foram divididas em diversas partes para facilitar o seu envio e serem montadas no local, a cabeça foi dividida em 50 peças e as mãos em 8 peças;
- Como já dissemos acima, foram sugeridos três locais para a construção do monumento: o Morro de Santo Antônio, o Pão de Açúcar e o Morro do Corcovado;
- Existe uma única parte da escultura que foi projetada para fora, o seu coração. Medindo cerca de 1,30 metros, na parte interior do coração existe um frasco com um pergaminho contendo a árvore genealógica do mestre de obras Heitor Levy e do engenheiro fiscal Pedro Fernandes;
- De acordo com dados levantados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Cristo Redentor é atingido em média por seis raios ao ano;
- Em um temporal um raio atingiu o dedo médio da mão direita do Cristo Redentor danificando a sua estrutura;
- Um mês depois outro raio atingiu o dedo polegar da mesma mão, desta vez quebrando algumas partes, mas no momento da descarga elétrica uma fotografia captou esta cena, se tornando nacionalmente famosa.
Dentre essas e outras curiosidades algumas são a respeito da escolha do modelo da estátua, a posição de Jesus Cristo em pé com os braços abertos para alguns representa uma atitude de amor e paz, enquanto que para outras pessoas, esta postura representa o acolhimento e recepção dos brasileiros com todos.
Como visitar o Cristo Redentor
Como já dissemos, o Cristo Redentor fica localizado na cidade do Rio de Janeiro, situado no cume do Morro do Corcovado, no Parque Nacional da Tijuca.
Por terra é possível chegar no monumento através de van, carro, trem ou caminhando fazendo trilhas pela mata da região até chegar no topo.
O horário de visitação é das oito da manhã até às sete da noite, sendo necessário a compra de um ingresso.
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